A necessidade de compartilhar o nosso dia-a-dia como Delegadas de Polícia Civil do Distrito Federal foi o impulso que precisávamos para escrever essas histórias, baseadas em nossa realidade e cotidiano profissionais.
Reunimos 12 Delegadas aposentadas e da Ativa que se encantaram com a realização desta obra. A intenção que se configurou inicialmente era de que cada uma escrevesse uma crônica ou conto baseada nas suas atuações profissionais e nos casos que tiveram repercussão ou mais nos instigaram emocionalmente. Certamente pelo grande tempo de experiência e a riqueza da profissão, mais de uma crônica foi elaborada por cada uma de nós e sem os mesmos contornos. A liberdade de estilo é a marca desta primeira obra.
As crônicas têm por conteúdo, na essência, situações que caracterizam crimes, contravenções ou situações outras que nos eram apresentadas e que merecia a nossa atenção enquanto autoridade policial. Não raras vezes, o tecnicismo dava lugar ao humanismo e o humanismo à solidariedade. Aprendemos a respeitar os sentimentos mais íntimos de cada pessoa e de todas, inclusive os nossos.
Elas são fidedignas passagens de nosso trabalho e de nossa atuação. A legalidade dos atos e a ética do exercício estão presentes nestes escritos. Mais que isso, os leitores de nossas crônicas poderão se emocionar e participar de uma viagem no interior dos muitos personagens que aqui representam as pessoas, que ora eram vítimas, criminosos, indiciados, interessados, descamisados, excluídos e vulneráveis.
O ser humano e suas contradições e mazelas foram substrato para a elaboração dessas crônicas.