Nunca as pessoas se voltaram tanto para dentro. Foi preciso um vírus, quer tenha sido ele fabricado ou não, para poder frear a humanidade e sua ânsia por correr contra o tempo.
As pessoas simplesmente voltaram para as suas casas, não só a casa material, moradia. O mais importante de todo esse processo foi a volta à casa da alma.
A volta aquilo que estava esquecido. Revisitamos nosso interior, como quem visita um quarto abandonado, empoeirado, com muitas coisas espalhadas que precisam ser organizadas.
O ser humano nunca imaginou passar por algo de tamanha magnitude como essa pandemia, mas foi a forma necessária de muitos poderem aproveitar esse tempo de isolamento social para se reconectarem
consigo mesmo e também com aqueles que estão mais próximos.
Sobre a autora: Marcia Barros é carioca, esposa, mãe de dois adolescentes, poetisa, bacharel em direito pela UCAM/RJ, pós-graduada em Direito Processual Civil, mediadora de conflitos. Também é instrutora de conciliação e mediação pelo CNJ, agente comunitária voluntária na Circunscrição de Taguatinga pelo Programa Justiça Comunitária, também ligado ao TJDFT desde 2019 e facilitadora de Oficinas de Parentalidade junto ao TJDFT, atua como servidora da casa desde 2000. Além do serviço público, tem como hobby a fotografia e, recentemente, se descobriu como escritora.